terça-feira, 2 de setembro de 2014

Falando sobre “Homens-Meninos”

Ela era uma amiga cristã solteira (totalmente apenas amigos), destilando a sua frustração acerca dos homens imaturos. Isso era casual, porque esse tipo de desabafo é comum. O café havia acabado. E isso foi um corte profundo.
“Homens cristãos… ugh.”
Como um homem estudante universitário sem esposa, trabalho fixo, e sem independência financeira, eu me contorci com mal-estar e insegurança. Ela não estava me atacando; apenas emitindo uma queixa comum ao universo. As palavras fluíram sem esforço da sua boca como se ela as houvesse dito um milhão de vezes antes e eu estava despreparado para os adjetivos que seguiriam ao longo da conversa: “imaturo”, “infantil”, “fraco”, “patético”. Espere um pouco... “Homens-Meninos”
É entendível, mas eu posso por favor dizer isso? Isso não está bem. O termo “homens-meninos” (às vezes, “homens-crianças”, “homens-garotos”, etc.) é uma calúnia. Ele é usado para humilhar pessoalmente e rebaixar uma classe de cristãos. Ela expressa desprezo e arrogância exposições. E, pior de tudo, ele define o valor dos seres humanos à imagem de Deus de acordo com seu desempenho de gênero.

 

O problema não é preguiça


 “Mas”, você diz, “há um monte de homens cristãos que expressam comportamentos desapontadores.” Isso é verdade, mas eu não estou convencido de que categorias como pecaminosidade ou preguiça, explicações comuns, possam claramente explicar essa questão. Talvez preguiça aponte para além dela – talvez seja um sintoma de um problema mais sistemático. Vamos interpretar o clássico comportamento “homem-menino” através dês outras lentes que não a preguiça:
Adiar o casamento pode ajudar: evitar dividir espaço fisicamente, espiritualmente, emocionalmente e espiritualmente e se retirar a um espaço pessoal.
Negligenciar a Bíblia e igreja pode ajudar: evitar intimidade divina e se retirar em uma vida pessoal.
Flutuar sem ambições pode ajudar: evitar horas de trabalho e se retirar em tempo pessoal.
Jogar vídeo games cronicamente pode ajudar: evitar realidade externa e se retirar em uma vida virtual.
Viver em casa pode ajudar: evitar pressões externas e se retirar em confortos internos.

 

As folhas de figueira modernas

“Preguça” é uma descrição superficial. “Evitar” nos move além de uma explicação do coração. As Escrituras nos dizem que o coração é sempre ativo (Gênesis 6.5, Deuteronômio 11.6, Jeremias 17.5, 1 Pedro 1.22), então a nossa descrição do coração deveria sempre está na voz ativa (Eu não digo que evitar é o problema, mas isso nos ajuda a chegar um pouco mais fundo do que o conceito de preguiça”. “Evitar” abre portas para uma série de outras palavras ativas e hóspede de outras realidades do coração: medo (“E se eu falhar?”), ansiedade (“Eu não consigo lidar com isso!”), depressão (“Eu odeio a mim mesmo/minha vida), sentimentos de insuficiência (“Eu não sou suficiente”), auto-depreciação (“Eu sou estúpido/sujo/indesejável”), vergonha (“Deus e meu próximo tem nojo de mim”) e muitos outros. Eu preferiria escapar a ser publicamente envergonhado” (cf. Apocalipse 6.16).

Essas categorias nos dão uma nova perspectiva. “Homens-meninos” não são nem a primeira nem a última luta de ser homem, mas de ser um ser humano. Solteirice, solidão, video games e a casa da mamãe são as folhas de figueira modernas – coberturas feitas manualmente para homens despidos de competência e profundamente envergonhados de sua inabilidade de se engajar com as realidades da vida por causa de suas experiências com o Opressor (Isaías 14.4), que busca espalhar confusão e caos entre o povo de Deus (João 8.44, 2 João 7, Apocalipse 12.10).

 

A solução não é “tente duro”

A necessidade do dia não é para a igreja de Jesus Cristo arrancar as folhas, mas começar a vesti-los com as vestimentas do Evangelho feitas por Deus (Gênesis 3.21). A solução para a imaturidade entre os jovens garotos cristãos não é lembrá-los verdades ou instituir regulagens, mas uma Pessoa, que não evitou realidades, mas que as encarou por nossa causa: Jesus (Lucas 2.52, Filipenses 2.6-9) – Jesus, com sua intercessão, caridade e graça. O que as mulheres cristãs solteiras fazem acerca disso além de criar um nome para defini-los?  Aqui estão algumas formas que podem ajudar:

1.     Oração Intercessória
Ore por mais pais que seriamente assumam o seu papel de ensinar os seus filhos a como se engajar com o mundo, não evitá-lo. Ore para que homens em geral faça o mesmo por garotos sem pais. Ore para que os homens mudem, não apenas em um nível comportamental, mas em um nível do coração – se movam a Deus e ao próximo em meio ao pecado que habita e a opressão externa (Lucas 10.27).

2.     Caridade
Fale bem dos outros (Efésios 4.31). Trate os jovens homens imaturos da mesma forma que você trata qualquer outro assunto na igreja: com diligência, fidelidade e amor, os mesmos traços que Paulo inclui em seu imperativo de “serem homens” (1 Coríntios 16.13-14). Isso significa que as mulheres não reajam com cinismo ou usando o termo “homens-meninos” (Efésios 4.29).

3.    
Deus está disciplinando homens imaturos a crescerem por eles mesmos (Hebreus 12.11). Ele não precisa dos seus comentários sarcásticos para ajudar (Provérbios 11.12). Confie que Deus não tem abandonado homens à imaturidade, mas está terminando a obra que Ele começou (Filipenses 1.6).

4.     Graça
Toda tentação é comum à humanidade (1 Coríntios 10.13). O medo de que existe no coração de um homem pode se manifestar por si mesmo de formas (específicas a cada gênero) diferentes em sua vida. Não importa quem você namore, ele será um homem pecador (Romanos 3.23) que é imaturo e medroso, e se ele é cristão, Deus está vencendo o mal que está contra ele e nele (Filipenses 2.13; Romanos 16.20). Eu não estou dizendo que Jesus quer que você namore um perdedor. Ele não quer. Tudo o que eu estou dizendo é isso: Não apenas namore um cristão centrado no Evangelho; namore como um Cristão centrado no Evangelho (1 Pedro 4.8).

Søren Kierkegaard disse que a natureza de uma mulher “tem afetuosamente equipado-a com um instinto sensível que em comparação a reflexão masculina mais superior é nada.” Irmãs, provem que Kierkegaard está certo. Superem-nos em oração, caridade, fé e graça e nós homens tentaremos superar vocês em disciplina piedosa e ambição. Então, talvez o temor daquele que “nos ajuda em nossa fraqueza” irá florescer em seu devido curso (Romanos 8.26).


Original: http://www.desiringgod.org/blog/posts/talking-about-man-boys


Traduzido por Igor Sabino

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