quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Chamados ao Altar

Temos um altar...” (Hebreus 13:10)

Um pastor me escreveu recentemente sobre chamados ao altar (a prática comum de convidar os pecadores a andarem para frente de um auditório, ou outro “altar” substituto, no final de um serviço religioso para receber a Cristo). Ele disse: “Pastor, eu estou interessado em como você trata com o assunto de chamados ao altar em sua igreja. É uma questão com a qual eu tenho brigado. Eu tenho visto o seu abuso no passado, na denominação onde eu fui ordenado, e eu ainda não encontrei paz concernente a esta área. Eu sinto como que eu deveria fazer algo, mas não da forma como eu fui ensinado, pois há muita manipulação emocional com as pessoas”. Nós não fazemos chamados ao “altar” no final dos nossos serviços por diversas razões.

1. Cristo é nosso altar. Nós não adoramos num altar terreno e material. Nenhum pecador jamais foi salvo por caminhar no corredor de uma igreja, ajoelhar num banco de madeira e dizer uma oração programada. Se haveremos de obter misericórdia e graça de Deus, devemos tratar com o Mediador Deus-homem, o Senhor Jesus Cristo, em nossos corações. Na maioria das igrejas evangélicas, o altar serve exatamente para o mesmo propósito que a cabine confessional entre os papistas. É um lugar para o qual os homens vêem para encontrar outro homem que, agindo como um sacerdote (2 Tessalonicenses 2:4), pronuncia a absolvição dos seus pecado e os asseguram de que eles agora têm um bilhete para o céu.

2. Nós não temos nem preceito nem precedente para a prática no Novo Testamento. Não há nem mesmo um exemplo de Cristo, de qualquer um dos apóstolos, ou de qualquer pregador no Novo Testamento, urgindo pecadores a dizerem algo, assinarem algo, fazerem algo ou andarem para algum lugar para salvação. A prática de chamados ao altar, assinando cartões de decisão, dizendo orações programadas, etc., são questões de idolatria, de invenção humana, sem sequer um fragmento de fundamento bíblico. A salvação é pela graça somente em Cristo somente. Ela é obtida pela fé somente.

3. Os crentes confessam sua fé em Cristo, não indo para um altar, mas pelo batismo. Por nosso batismo, nós simbolicamente confessamos nossa salvação através da morte expiatória de Cristo, nosso Substituto, como nosso Mestre, simbolicamente cumprindo toda justiça (Romanos 6:4-6; Mateus 3:15). O batismo representa o lavar dos nossos pecados pelo sangue de Cristo, e nossa ressurreição dentre os mortos pelo poder de Sua graça, através da virtude de Seu sacrifício como nosso Substituto.

4. Nós não dependemos de manipulação psicológica para a conversão de pecadores, mas do poder e da graça irresistível de Deus o Espírito Santo. É o nosso dever pregar o evangelho de Cristo, dizer aos pecadores a verdade, entregar a mensagem de redenção de Deus realizada por Cristo (Isaías 40:1-2). Nós devemos fazer isso, e absolutamente nada mais. Nós não imploramos a pecadores sem esperança para deixarem Deus salvá-los. Nós imploramos a Deus para acompanhar a Palavra pregada, para dirigi-la aos pecadores escolhidos e redimidos, dando-lhes vida e fé em Cristo, para a glória do Seu nome. Nossa preocupação não é com resultados, mas com honra a Deus. Nós deixamos os resultados em Suas mãos (2 Coríntios 14-17).

Don Fortner

Traduzido por: Felipe Sabino de Araújo Neto
Cuiabá-MT, 27 de Junho de 2005.
Link: http://www.monergismo.com/textos/pregacao/chamado_altar_fortner.htm

Intercâmbio feito por Jhonatas Araújo

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O Dia do Senhor. Uma Breve Reflexão.

O filme Carruagens de fogo conta a história da Equipe de Atletismo Britânica que foi aos jogos olímpicos de 1924 em Paris. Entre eles estava o missionário presbiteriano escocês Eric Liddel. No dia do embarque pra Paris, algo inusitado acontece. Um repórter pergunta a Liddel como ele está preparado para as eliminatórias dos 100 m no próximo 6 de julho, um... DOMINGO? Ao saber disto, ele entra em crise, pois o desejo e alegria de correr entram em confronto com a guarda do Dia do Senhor. O que Eric fez? Deus antes do Rei.

O que aconteceu? Um atleta cedeu lugar a Eric na prova dos 400m, que seria na terça. Eric simplesmente venceu a corrida e ainda de quebra estabeleceu o novo recorde mundial da prova.

Nós temos esquecido este mandamento tão importante da Palavra de Deus e temos vivido como se Deus não se importasse com isto. Ele se importa e muito, a ponto de este ser parte do decálogo. (Ex 20) Instruções claras que Deus deu a seu povo.

Por que guardar o domingo e o santificar? Por que não é qualquer um que está mandando. É o próprio Deus, que nos livrou do pecado e nos chama para sermos santos. (Ex 20.1)

Como guardar o dia do senhor?

Para termos uma visão adequada do Santo descanso no Dia do Senhor, precisamos ter uma visão adequada do trabalho, que também é ordenado, quando Deus diz "seis dias trabalharás". Deus fez o mundo em seis dias e no sétimo descansou (cessou a obra da criação). Isto nos dá a visão que devemos ter do trabalho. Deus criou todas as coisas para a sua lória. Devemos trabalhar para a sua glória.

Mas há também o mandamento do descanso (Ex 20.10). Quando guardamos o sábado confiamos na santa providência de Deus. Dele vem o nosso sustento. Não precisamos, para viver dignamente aqui, nos forçarmos a trabalhar e cuidar dos afazeres comuns no domingo e nem estudarmos, senão as Santas Escrituras. Nós temos seis dias para cuidar dessas coisas. Mas o domingo é o santo descanso do Senhor. Quando fazemos isto deliberadamente, estamos dizendo que não confiamos em Deus para nos prover o sustento ou para fazer sua vontade de nos dar a aprovação num concurso ou vestibular. Ou seja, profanamos o Santo Nome do Senhor e oramos o Pai Nosso em vão.

Quando guardamos o Dia do Senhor, valorizamos o sacrifício de Cristo no Calvário e testemunhamos que nEle encontramos descanso para a nossa alma. Sendo assim, quando , deliberadamente, não guardamos o Dia do Senhor, profanamos o sacrifício de Cristo e não testemunhamos aos ímpios da grande salvação que nos alcançou. O próprio Jesus guardava o Dia do Senhor, como de costume, segundo Lc 4 estava sempre na sinagoga a pregar ou estudar as Escrituras.

O Dia do Senhor não deve ser guardado por legalismo ou mero exercício religioso, mas com alegria.

Ao ordenar as festas que o seu povo devia fazer, Deus começa com o sábado, o santo dia do senhor (Êx 20). Que Deus nos dê uma coração que ame o Dia do Senhor e que vivamos este dia intensamente e com o coração alegre, pois é ordem de Deus o festejarmos. Que não seja um peso, um enfado ou mero exercício religioso, mas uma expressão de confiança no nosso Deus.


No domingo da corrida, o que Eric Liddel fez? Eric estava na igreja pregando a Palavra de Deus (Is 40) . Recorde mundial. O que o motivou? A FÉ e a OBEDIÊNCIA a Deus.

Presb. Cícero da Silva Pereira

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Misericórdia VS. Injustiça

Neste trecho de sua série do ensino das parábolas de Jesus, RC Sproul distingue misericórdia de injustiça:

Agora eu vou desenhar um pequeno circulo Aqui no quadro. E este círculo representa o conceito de justiça. Agora tudo fora deste círculo pode ser colocado na categoria negativa de não justiça - que não é justiça, mas não justiça.  Para fins de ilustração, eu vou colocar uma pequena barreira lá, colocar outro círculo aqui, e tudo neste circulo aqui não é justiça. Mas há mais de um tipo de não justiça. Aqui nos temos a não justiça que é a injustiça, e que é injusto e mal. certo?

Aqui nós temos a graça, ou misericórdia. Existe algo mal na graça? Claro que não. Existe algo perverso em Deus ser misericordioso? Não. Quando Deus é misericordioso Ele não comete injustiça, Ele se compromete a não justiça.

Então o que acontece é para aqueles a quem Ele elege e salva soberanamente, recebem Sua graça. Aqueles que não recebem Sua graça recebem o que? Sua justiça; exatamente o que merecem. Agora, nós realmente acreditamos que Deus é soberano em sua graça? Paulo responde essa questão, existe injustiça em Deus? Deus não permite, de maneira nenhuma!

Deus não disse a Moises, “Eu vou ter misericórdia sobre quem eu tiver misericórdia”? Deus soberanamente tem o direito de ser generoso em Sua misericórdia para um, sem ser obrigado a dar- lhe para outro. 

RC. Sproul


Tradução feita por Jéssica Figueredo


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Desapega... Desapega... Desapega...

Em uma conversa a alguns dias com amigos juristas debatíamos acerca das políticas públicas adotadas pelo governo e o “mal costume” que as mesmas podem gerar na sociedade. Diziam no geral: “- São tantas bolsas e programas assistencialistas que algumas famílias enxergam como um “bônus” ter um filho a mais, para aumentar o valor do bolsa família”; “outros vivem de dar golpes nos programas Minha casa, minha vida”; “Voltamos ao tempo de Roma, da política do pão e circo” “alguns já não procuram emprego por conta disto”. Aquela conversa me levou a uma reflexão. Não quero entrar no mérito dos programas do governo, até porque, pelas minhas andanças por este país, devido a viagens tanto servindo a igreja, como pelo trabalho secular, já pude vislumbrar realidades tão distintas com estes programas: pessoas que são extremamente pobres e por falta de oportunidades e conhecimento, não tem uma fonte de renda maior e com o dinheiro do bolsa família conseguem ir “escapando” e sobrevivendo, e,  pessoas que por terem um conhecido dentro do sistema, adquiriram o benefício e vão lucrando as custas de tantos outros.

O que me causou um momento de ponderação e fez meu pensamento voar foi o fato de que, as vezes, nosso egoísmo nos causa uma cegueira momentânea de não perceber a realidade do próximo; E para nós Cristãos, esta realidade se torna ainda pior.

Nosso egoísmo está tão presente no nosso dia a dia e é contatado quando: Temos um programa tão eficaz e completo para a solução dos problemas das pessoas e o guardamos somente para nós mesmos. E o pior, as vezes, conhecemos todo os componentes do programa, suas fórmulas, requisitos e não os praticamos. O programa “Minha casa, minha vida eterna em Jesus Cristo”.

Temos o “Bolsa Vida”, mas muitos estão na Morte espiritual por nossa culpa. Por nossa omissão.

Bebemos do “Bolsa Água”, mas não deixamos a água jorrar, por não conseguirmos encher o copo de nossa existência com a água da vida, como irá transbordar para saciar a sede do próximo?

Temos um imenso banquete do “Bolsa Pão”, com tudo de bom e de melhor, mas quando nos alimentamos é apenas de forma mecânica, automática e superficial e o banquete posto não é capaz de saciar nossa própria fome, sendo assim; Como chegará a ser o pão da vida, em outras vidas?

Temos a nossa disposição, diariamente, com toda a facilidade, esperando apenas ser tocada para acender; de todas as formas, edições e tamanhos o “Bolsa Luz para o meu caminho”, mas lemos tão pouco a palavra que fica difícil enxergar a lâmpada para os nossos pés, que dirá tirar da cegueira os necessitados e guiá-los.

A Igreja, que é cada um de nós, precisa entender que está aqui para servir. Para compartilhar a alegria da salvação e o que ela provoca no interior. Que está aqui para cuidar das pessoas. Auxiliar uns aos outros. Entender e pôr em prática que precisamos sentir a dor do próximo e do distante; Acolher o conhecido e o estranho.

Precisamos nos compadecer deles, e por eles, de tal forma, que essa preocupação seja latente e consuma nossa alma e nossa “práxis”. Somos vocacionados a ser luzeiros; a Iluminar; De forma incandescente, constante e intensa. Precisamos trazer a memória os ensinamentos da Igreja Primitiva, aquela que contava com a simpatia de todo o povo, que em cada alma havia temor, tinham tudo em comum, se preocupavam uns com os outros... Cuidavam uns dos outros... Amavam uns aos outros.

Se queremos nossa sociedade melhor, precisamos nos esforçar e nos doarmos mais.

Precisamos desapegar, para recuperar!

Desapegar todo egoísmo, desapegar de todo comodismo, desapegar de toda falta de compromisso, desapegar da preguiça, desapegar de tudo que nos afasta da profunda comunhão com Deus e com nossos irmãos;

Precisamos recuperar as virtudes do primeiro amor, recuperar o amor pela leitura da palavra, recuperar uma vida de oração, recuperar o prazer de servir ao próximo, recuperar a maravilha que é ver um olhar de gratidão por algo que se fez em prol de alguém; Recuperar a intimidade com Deus;

 Precisamos urgentemente viver e compartilhar o “Programa Minha casa, minha Vida eterna em Jesus Cristo”, para que ele seja abundante em nossas vidas, para que nossa corpo seja uma habitação e casa agradável ao Espírito Santo e naturalmente, por ser tão transcendental a tudo que conhecemos, ou venhamos a sonhar ou imaginar, alcance as pessoas e mude a realidade por meio da alegria da salvação!

Que Deus nos use como instrumentos em suas mãos! Vamos juntos!


Pb. Da Hora Jr
Presidente da Confederação Nacional de Mocidades
Um exemplo de servo que tem se desapegado de muitas coisas em prol do Reino de Deus.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Lições que Aprendemos Através dos Acidentes de Anderson Silva e Michael Schumacher

Os acidentes vivenciados por Anderson Silva  e Michael Schumacher no final de 2013 chocaram o mundo esportivo.

Os dois, protagonistas em suas modalidades esportivas foram surpreendidos por dois graves acidentes. Anderson quebrou a perna numa luta de UFC, e Schumacher sofrendo uma grave lesão cerebral num acidente de ski.

Os dramas experimentados por Anderson e Schumacher além de nos deixarem consternados nos trazem algumas lições interessantes, senão vejamos:

1-) A vida de cada ser humano encontra-se nas mãos de Deus. É Ele que nos sustenta e guarda e somente Ele pode nos proteger do mal.

2-)  Por mais influentes que sejamos, ou até mesmo dinheiro que tenhamos, nada tem poder para nos livrar dos acidentes e sinistros da vida.

3-) A vida é efêmera e passa com uma rapidez enorme. Tiago em seu epistola, nos alerta: "Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois apenas como neblina que aparece por instantes e logo se dissipa".

4-) Em tudo dependemos dele. Tudo vem dele, o que nos leva a entender que sem Ele nossa vida e futuro é incerto.
   
Diante do exposto somos chamados a aproveitar cada momento, entendendo que em todo  tempo  precisamos dEle. Como bem afirmam as Escrituras: "Se Deus for por nós, quem será contra nós"; agora, e se Deus se contrapor as nossas míseras vidas? Quem será a nosso favor?

Pense nisso!

Renato Vargens


Link Original: http://renatovargens.blogspot.com.br/2014/01/licoes-que-aprendemos-atraves-dos.html

Intercâmbio feito por Joana Darc

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Olhando para Cristo na Perda de um Filho

A perda de um filho é dolorosa, profundamente dolorosa.

Há quinze anos, eu e minha esposa experimentamos o nosso primeiro aborto. Eu que seria pai pela primeira vez, de repente, não seria mais. A perda foi tão inesperada. A dor foi intensa no fundo da minha alma. E eu, em meio ao meu próprio sofrimento e pranto, estava tentando cuidar de minha esposa que estava em luto. Durante dois anos e três meses ela lutou com Deus, até o momento em que o entendimento dela sobre Sua soberania foi acompanhado pela torrente do Seu amor.

Há quatro anos, nossas vidas foram abaladas em luto mais uma vez quando uma tentativa de adoção falhou. Eu estava com meu filho construindo beliches para ele e seu futuro irmão, quando o telefone tocou. O pequeno órfão de três anos de idade que, tão desesperadamente precisava de uma família, a quem já tínhamos aprendido a amar como se fosse nosso, que iria levar o meu nome em apenas mais sete dias - esta criança permaneceria órfã, não mais adotável​​. Nossos corações estavam esmagados quando, então, entramos numa estação revigorante, na qual Deus esteve provando o seu valor acima de tudo.

OLHANDO PARA JESUS

Por que o Deus dos céus e da terra dá apenas para tirar? Há tantas razões que eu já aprendi, mas uma observação inesperada é alcançada em Zacarias 12:10.

Mais de 500 anos antes de Getsêmani e Gólgota, Deus declara:
“E derramarei sobre a família de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de ação de graças e de súplicas. Olharão para mim, aquele a quem traspassaram, e chorarão por ele como quem chora a perda de um filho único, e lamentarão amargamente por ele como quem lamenta a perda do filho mais velho.” Zc 12:10


Há uma relação direta entre a glória de Cristo e a perda de um filho. A noite triste e a dor torturante, o pulsar da alma e os soluços de perda - são todos concebidos para ser referência para o tipo de dor que os nós devemos sentir com a morte de Cristo em nosso favor.

“Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniqüidades.”
(Isaías 53:5 ) . Foi horrível. Angustiante. Mais terrível do que as palavras podem descrever. Mas nisto, Ele abriu um caminho para a nossa dor ser suportada e nosso sofrimento amenizado - um caminho para que sejamos curados (Isaías 53:4-5 , 1 Pedro 2:24). Nas palavras de Zacarias, no dia em que o próprio Filho de Deus foi ferido, “uma fonte [foi] aberta...para purificá-los do pecado e da impureza" (Zacarias 13:1). Ele tomou o pior tipo de dor para curar a nossa dor final.

AJUDA PROMETIDA

Ouvimos as palavras de Pedro, dizendo: "Este Jesus... vocês o crucificaram." (At 2:23) E com a multidão "rasgamos o coração” e declaramos : “Irmãos, que faremos?” (At 2:37). Nossa dor foi grande, mas em seguida ouvimos as gloriosas verdades soarem em nossos ouvidos, "Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos seus pecados...” (At 2:38) e "Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo." (At 2:21) . A Salvação quebra a tristeza. A glória não vem apesar da dor, mas por causa dela.

Quando o luto da perda é compensado pela fé em Jesus, há misericórdias renovadas em cada amanhecer, tudo porque nós sabemos o que significa olhar para aquele que foi traspassado por nós. Nós temos esperança Naquele que prometeu ajuda para a nossa batalha contra o pecado e para os momentos em que aqueles a quem amamos se vão. Em Cristo, o sofrimento não terá a última palavra.


Traduzido por: Letícia Lima

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Qual a Natureza do Primeiro Pecado? Com a Palavra, Franklin Ferreira

É essencial entender corretamente a natureza do primeiro pecado. Muitos cristãos têm a ideia errônea de que a questão em jogo era se o ser humano tomaria ou não do fruto da árvore proibida. Em outras palavras, a questão era apenas a de obedecer ou não a um mandamento específico de Deus. Então, sob essa perspectiva, a solução do pecado é entendida como uma questão ligada à obediência. Tal maneira de pensar propõe que a essência do discipulado, da santificação e da vida cristã consiste em obedecer às leis de Deus. O resultado é o legalismo, ou algo até pior, a noção de salvação por meio das obras. Mas tal pensamento não entende o ponto principal da questão. (...) Na verdade, ele implica uma mudança radical na cosmovisão do homem. (...) Adão e Eva enfrentaram uma escolha clara. Acreditariam na palavra de Deus, que representava para eles a própria autoridade de Deus? Ou elevariam sua própria razão acima da palavra de Deus, a fim de avaliá-la e decidir por si mesmos se seria a verdade ou não? Quem seria a autoridade final, Deus ou homem?

FERREIRA, F. Teologia Sistemática. p. 452. São Paulo: Vida Nova, 2007. 

Intercâmbio feito por Rodrigo Ribeiro

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Ofendidos pelo Evangelho

Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com ele. (João 6:66)

Geralmente os pregadores costumam julgar o resultado de sua pregação pelo contentamento nos rostos dos irmãos e elogio dos visitantes após sua ministração. A aprovação dos ouvintes é sinal que tudo foi bem. Certo? Errado. A Bíblia nos mostra o contrário.

O Maior dos pregadores, Jesus, experimentou o dessabor de ser abandonado por muitos de seus seguidores após ter proferido duras palavras em Cafarnaum, a tal ponto de escandalizar seus discípulos mais próximos que diziam: “Duro é este discurso; quem o pode ouvir?” (Jo 6:60). A adesão e aprovação inicial do povo ao ministério do Senhor Jesus transformou-se em rejeição e abandono após um único sermão. Muitos o abandonaram e o curioso é que apesar da reação negativa do público, Jesus não mudou o tema dos sermões subsequentes para atrair de volta aos ofendidos.

A ofensa da Palavra de Deus foi o motivo por que muitos dos profetas bíblicos foram perseguidos e mortos (At 7:52).  Homens que não se importaram em falar daquilo que o povo queria ouvir, mas, fielmente proclamaram uma mensagem dura e confrontante. O diácono Estevão, por exemplo, enfrentou a fúria de judeus que se opuseram veementemente à sua pregação. Eles taparam os ouvidos por não suportarem a verdade do Evangelho e como resultado Estevão foi martirizado (At 7:54-58). Os arautos de Deus não receberam aplausos, mas, em maior das vezes, resignação, oposição e perseguição. Mesmo assim podemos afirmar que o ministério deles foi frutuoso, pois gerou insatisfação no coração dos ouvintes.

Fazer do agrado popular termômetro para medir resultado dos sermões não é um critério confiável, muitas vezes o satisfação geral revela apenas que a consciência do ouvinte em nada foi incomodada; John Preston, ministro puritano do século dezessete, ressaltou que “não há um sermão que, sendo ouvido, não nos ponha mais perto do céu ou do inferno”. Portanto, seja qual for o resultado da pregação ela irá gerar grande insatisfação nos receptores, seja com o Deus Justo e Bom, seja com sua própria natureza carnal. Ante a pregação o pecador será movido por grande desagrado, que salvará ou condenará sua alma eternamente.


É preciso entender que só através da santa ofensa da pregação os ofensores (Cl 1:21) poderão ter consciência do quanto tem ofendido o Deus Justo, Santo e Bom, e assim, terão oportunidade de se desviarem do caminho da perdição. Se as pessoas sentem-se ofendidas por sua pregação este é sinal que tudo está indo bem. Continue fiel às Escrituras.

Ericon Fábio

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Amando Cristo na Pratica

1. Quando amamos alguém, gostamos de pensar sobre ele.

Não precisamos ser lembrados dele. Não esquecemos o nome dele, sua aparência, seu caráter, suas opiniões, seus gostos, sua posição ou sua ocupação. Ele surge na nossa mente várias vezes durante o dia. Embora talvez muito distante, ele está frequentemente presente em nossos pensamentos. Bem, é isso que ocorre entre o cristão verdadeiro e Cristo! Cristo “habita em seu coração”, e se pensa nele mais ou menos todos os dias (Ef. 3.17). O verdadeiro cristão não precisa ser lembrado que tem um Mestre crucificado. Ele sempre pensa nEle. Ele nunca se esquece que Ele tem um dia, um motivo e um povo, e que o Seu povo é único. Afeição é o real segredo de uma boa memória religiosa. Nenhum homem do mundo pode pensar muito sobre Cristo, a menos que Cristo seja compelido a ser o centro do seu foco, porque ele não tem afeição nenhuma por Ele. O verdadeiro cristão pensa sobre Cristo todos os dias de sua vida, pela única e simples razão de que O ama.

2. Quando amamos alguém, gostamos de ouvir sobre ele.

Nós temos prazer em ouvir aqueles que falam dele. Nós nos interessamos sobre qualquer relato que os outros fazem sobre ele. Nós damos toda a atenção quando os outros falam sobre ele, e descrevem seus caminhos, suas falas, suas ações e seus planos. Alguns podem ouvir sobre ele e ficarem indiferentes, mas os nossos corações aceleram ao som do seu nome. Bem, é isso que ocorre entre o cristão verdadeiro e Cristo! O verdadeiro cristão se deleita ao ouvir sobre seu Mestre. Ele gosta mais dos sermões que estão mais cheios de Cristo. Ele gosta mais daquele grupo em que a maioria das pessoas fala de coisas que são de Cristo. Eu li sobre uma antiga crente galesa que costumava caminhar vários quilômetros todos os domingos para ouvir um pastor inglês, embora ela não entendesse uma palavra em inglês. Perguntaram por que ela fazia isso. Ela respondeu que esse reverendo fala o nome de Cristo tantas vezes em suas pregações que fazia com que ela se sentisse bem. Ela amava simplesmente ouvir o nome do seu Salvador.

3. Quando amamos alguém, nós gostamos de ler sobre ele.

Que prazer imenso há em uma carta de um marido ausente para sua esposa, ou uma carta de um filho ausente para a sua mãe. Outros podem ver noticias de pouco valor na carta. Eles mal se dão ao trabalho de lê-la inteira. Mas aqueles que amam o escritor vêem algo na carta que ninguém mais pode ver. E carregam isso com eles como se fosse um tesouro. Eles lêem várias vezes. Bem, é isso que ocorre entre o cristão verdadeiro e Cristo! O verdadeiro cristão sente prazer ao ler as Escrituras, porque elas falam para ele sobre seu Salvador amado. Ler não é uma tarefa cansativa para ele. Raramente ele precisa ser lembrado de pegar a sua Bíblia quando vai viajar. Ele não consegue ser feliz sem ela. Qual o porquê de tudo isso? Porque as escrituras testificam sobre Aquele a quem a sua alma ama, Cristo.

4. Quando amamos alguém, gostamos de agradá-lo.

Ficamos contentes em consultar suas vontades e opiniões, agir de acordo com seu conselho e fazer coisas que ele aprova. Nós até mesmo negamos a nós mesmos para satisfazer os seus desejos, nos abstemos de coisas que sabemos que ele não gosta e aprendemos coisas que não estamos naturalmente inclinados porque achamos que isso lhe dará prazer. Bem, é isso que ocorre entre o cristão verdadeiro e Cristo! O verdadeiro Cristão estuda para agradar a Ele, ao ser santo no corpo e no espírito. Mostre a ele alguma coisa que ele pratica diariamente e que Cristo odeia, e ele deixará de praticá-la. Mostre a ele alguma coisa que Cristo se agrada, e ele a fará depois disso. Ele não murmura dos requerimentos de Cristo como sendo demasiadamente rígidos ou severos, como os filhos do mundo fazem. Para ele, os ordenamentos de Cristo não são dolorosos e o fardo de Cristo é leve. E por que tudo isso? Simplesmente porque ele O ama.

5. Quando amamos alguém, gostamos de seus amigos.

Estamos favoravelmente inclinados a eles, mesmo antes de conhecê-los. Somos atraídos a eles pelo laço comum de amor em comum a uma mesma pessoa. Quando os encontramos não sentimos como se fossemos completos estranhos. Há um laço de união entre nós. Eles amam a pessoa que nós amamos, e isso por si só é uma apresentação. Bem, é isso que ocorre entre o cristão verdadeiro e Cristo! O verdadeiro cristão considera todos os amigos de Cristo como seus amigos, membros do mesmo corpo, filhos da mesma família, soldados do mesmo exército, viajantes em direção ao mesmo lar. Quando ele os conhece, sente como se já os conhecesse há muito tempo. Ele se sente mais em casa com eles em alguns minutos do que com muitas pessoas do mundo depois de anos de intimidade. E qual é o segredo de tudo isso? É simplesmente a afeição pelo mesmo Salvador e o amor ao mesmo Senhor.

6. Quando amamos alguém, somos cuidadosos com seu nome e honra.

Nós não gostamos de ouvir algo contra ele sem poder falar por ele e defendê-lo. Sentimo-nos obrigados a defender seus interesses e a sua reputação. Nós consideramos a pessoa que o trata mal tão desagradável como se tivesse maltratado nós mesmos. Bem, é isso que ocorre entre o cristão verdadeiro e Cristo! O verdadeiro cristão protege com piedoso ciúme todos os esforços de denegrir a palavra, o nome, a igreja ou o dia do seu Mestre. Ele O confessará diante dos príncipes, se necessário, e será sensível à menor desonra direcionada a Ele. Ele não vai se contentar com a sua paz, e suportar a causa do Mestre ser envergonhada, sem testemunhar contra isso. E por que isso? Simplesmente porque O ama.

7. Quando amamos alguém, nós gostamos de falar com ele.

Dizemos a ele todos os nossos pensamentos, e abrimos nosso coração. Não encontramos dificuldade alguma em descobrir assuntos para conversar. Por mais silenciosos e reservados que sejamos com os outros, achamos muito fácil conversar com um amigo muito amado. Independente da frequência com que nos encontramos, nunca ficamos sem assunto para conversar. Sempre temos muito a falar, muito para perguntar, muito a descrever, muito a comunicar. Bem, é isso que ocorre entre o cristão verdadeiro e Cristo! O verdadeiro cristão não encontra dificuldade em conversar com seu Salvador. Todos os dias ele tem algo para contar a Ele, e não fica feliz enquanto não conta. Conversa com Ele em oração toda manhã e toda noite. Conta para Ele suas vontades e desejos, seus sentimentos e seus medos. Ele lhe pede conselhos nas dificuldades. Ele lhe pede conforto nas adversidades. Ele não consegue evitar. Ele deve conversar com seu Salvador continuamente, ou ele se enfraqueceria pelo caminho. E por que isso? Simplesmente porque ele O ama.

8. Quando amamos alguém, gostamos de estar sempre com ele.

Pensar, ouvir, ler e ocasionalmente conversar tem o seu espaço. Mas quando nós realmente amamos alguém, nós queremos algo mais. Nós ansiamos em estar sempre em sua companhia. Desejamos em estar continuamente em sua presença e manter comunhão com ele sem interrupção ou despedida. Bem, é isso que ocorre entre o cristão verdadeiro e Cristo! O coração do verdadeiro cristão anseia por aquele dia abençoado em que verá o Mestre face a face. Ele anseia em finalmente deixar o pecar e se arrepender e crer, e começar a vida eterna, quando verá como tem sido visto, e não pecará mais. Ele tem considerado agradável viver pela fé e sente que será mais agradável ainda viver pelo que ver. Ele considerou agradável ouvir sobre Cristo, falar sobre Cristo e ler sobre Cristo. Quão mais agradável ainda será ver Cristo com seus próprios olhos, e não deixá-lo nunca mais! “Melhor”, ele sente, “contentar-se com o que os olhos vêem do que sonhar com o que se deseja.” (Eclesiastes 6.9). E por que isso tudo? Simplesmente porque ele O ama.
Traduzido por Marianna Brandão | iPródigo.com | Original aqui
Intercâmbio feito por Lídia Santos

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Bendito O Deus que não Atende Todas as Nossas Orações!

Deus é onisciente. Este é um de seus mais conhecidos atributos. No entanto este conhecimento é muitas vezes superficial e inadequado, ou no mínimo, não traz como reflexo nenhuma aplicação prática para nossa fé. Compreender este importante atributo é um recurso indispensável para todos aqueles que necessitam descansar seus corações na sabedoria inefável do Poderoso Deus. Se formos conscientes de nosso estado, todos serão unanimes em reconhecer que esta necessidade é geral, e alcança cada um de nós.

A onisciência de Deus não significa somente que ele sabe de todas as coisas, mas também que ele sempre escolhe os melhores caminhos nos momentos mais oportunos possíveis. É um atributo que nos revela uma sabedoria perfeita, inalcançável. Deus faz tudo da melhor forma possível. Ele controla de modo esplendoroso todos os meios assim como o fim de todas as coisas. Ele o faz com absoluta maestria, ainda que tais caminhos sejam absurdos por diversas vezes aos nossos frágeis olhos carnais.

Mas este atributo não é comunicado a nós, ou seja, nós não somos oniscientes. Sendo assim Ele não seria bondoso para conosco se SEMPRE atendesse os nossos pedidos, que muitas vezes nos fariam mal no fim das contas. As teologias que colocam o poder nas palavras dos homens, vindicando para si o direito de emitir decretos nos quais Deus torna-se um mero agente de suas "sábias" decisões, são heresias que não compreendem nem a infinita sabedoria de Deus, e tão pouco reconhecem as imensas limitações do intelecto humano.

Mas tenho uma excelente notícia: Ele é bom! Tão bom que nós diz não!

Veja o exemplo dos discípulos:

Então, aproximou-se de Jesus a mãe dos filhos de Zebedeu com seus filhos e, prostrando-se, fez-lhe um pedido.

"O que você quer? ", perguntou ele. Ela respondeu: "Declara que no teu Reino estes meus dois filhos se assentarão um à tua direita e o outro à tua esquerda".
Disse-lhes Jesus: "Vocês não sabem o que estão pedindo. Podem vocês beber o cálice que eu vou beber? " "Podemos", responderam eles. (Mateus 20:20-22)

Eles queriam beber do cálice de Cristo. Ficar ao seu lado quando fosse erguido. Pensavam que isto significaria glória em Israel, reinando com Ele. Mas isto na verdade significa: Cruz, morte e humilhação. Aqueles posições seriam ocupados por dois ladrões crucificados co, Cristo. Jesus sabia o quão terrível seria o seu destino, ainda que os discípulos não o compreendessem, e por isso foi compassivo com eles, negando suas tolas pretensões. Eles não sabiam o que pediam, mas o mestre sempre soube o que lhes daria.

Em outra narrativa bíblica, percebemos Pedro em uma petição ainda mais nociva, mas que detinha uma aparência de extrema piedade. Obviamente esse pedido partiu de uma compreensão equivocada do discípulo, apesar de sua ótima intenção de preservar seu mestre tão amado, mas se fosse atendido teria consequências irreparáveis:

Desde então começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muitas coisas dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia.
E Pedro, tomando-o de parte, começou a repreendê-lo, dizendo: Senhor, tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso.


No entanto, como o decorrer do texto demostra, Jesus o repreendeu severamente. Ainda que seu pedido fosse compreensivo diante do carinho que tinha por Cristo, as consequências daquilo seriam terríveis. Se Jesus fosse poupado, Pedro não teria salvação. Todos nós estaríamos no inferno! Os nossos pedidos mais sinceros, por causa das inclinações de nosso coração, podem nos levar a caminhos de morte. Foi isto que ocorrera com Pedro.

GLÓRIA A DEUS, POIS ELE NOS DIZ NÃO!

Não sabemos o que pedimos, mas devemos saber a quem pedimos. Ele é totalmente digno de confiança! E é por saber que ele nos dirá não quando o nosso pedido for nossa armadilha, é que podemos abrir nossos lábios e corações para clamar a Ele com todas as nossas forças. Nosso Deus é tão bom que nos diz não. E há mais amor nesses desejos negados, no que numa prece atendida com consequências negativas inimagináveis.

Clamemos aquele que sempre cumpre sua vontade perfeita! Ele sabe escutar nossas orações e adequá-las ao seu plano soberano e imutável!

Rodrigo Ribeiro
Faceboook: https://www.facebook.com/rodrigo.ribeiro.14811


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

8 Características da Santificação

Uma das coisas que eu mais gostava no meu trabalho anterior era a ligação direta entre o quão duro eu trabalhei e os resultados que eu vi depois. Se eu apenas abaixei minha cabeça e persisti duro eu poderia chegar onde eu queria. Era um papel independente e eu gostava do fato de que minha produção repousava sobre os ombros de ninguém, mas nos meus próprios.
Grande parte da minha frustração em crescer como um cristão é porque a santificação não é exatamente como o meu trabalho. Sim, o meu esforço afeta o meu crescimento, mas não posso simplesmente produzir o resultado desejado do meu desempenho sozinho. Estou aprendendo que, embora eu certamente possa desempenhar um papel na minha maturidade, eu não posso simplesmente fazê-lo através do trabalho duro. Isto não só mudou minha formação espiritual, mas muda a forma como eu encorajo outros crentes. Quando um irmão vem me compartilhar uma luta contra o pecado eu percebo que eu não posso simplesmente levá-lo para o tapete para não trabalhar duro o suficiente, mas eu tenho que levá-lo para a cruz para descansar na obra de Cristo por ele. Acho que muitos cristãos estão genuinamente desejando crescer, mas eles acabam levantando suas mãos em desânimo, dizendo: "Estou tentando, mas as coisas não parecem mudar." Eu acho que como os crentes cansados​​, podemos nos sentir frustrados ao nos sentirmos livre quando nós tomamos o jugo próprio em nossas próprias costas, coloque-o em Jesus.

O Evangelho centrado na santificação tornando-se (crescente) a ser (identidade), fazendo realizações e provisão para nós, sendo o catalisador da nossa vida de Cristo. Aqui estão oito características de santificação centrada no Evangelho que enquadra a nossa teologia da doutrina e ao mesmo tempo dirige a nossa prática.

1.    NOVAS, NÃO CONSELHOS

“mas a palavra do Senhor permanece para sempre". Essa é a palavra que foi anunciada a vocês.." “(1 Pedro 1.25)

O evangelho é antes de tudo um anúncio. Ele é uma notícia sobre os acontecimentos históricos relacionados com a vida, morte e ressurreição do Deus-homem Jesus. E é uma boa notícia, porque os eventos têm significado pessoal; eles vêm para nós para que possamos ser resgatados do nosso pecado e reconciliados com Deus. Eu faço aos meus irmãos e irmãs em Cristo bem quando eu recorro a oferecer sábios conselhos, dando opiniões, ou deixando de lado as últimas máximas espirituais.

Para o Evangelho permanecer no centro, devemos lembrar regularmente uns aos outros as boas novas de Jesus Cristo. Nós recontar este feito, o objetivo, a notícia histórica e descompactar as aplicações intermináveis ​​jorrando disso. Se a maioria das minhas conversas soar como "você deve tentar fazer isto ou aquilo" em vez de "Jesus já fez isso por você", então eu estou indo para o mar tempestuoso de conselho e de opinião.

"Aconselhamento muitas vezes se disfarça como o Evangelho. Mensagens cheias de conselhos para ajudar as pessoas a melhorar suas vidas ou virar uma nova folha estão em contradição com a natureza do Evangelho – Veja também: 1 Coríntios. 15.1-8; Efésios 1.13-14 e Atos 15.6.

2. ARREPENDIMENTO, não resolve

"Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz." (Tiago 5.16)

O evangelho nos agarra e nos sacode de volta para a realidade que rapidamente é esquecida: o pecado é um grande negócio e nossos corações estão cheios dele. Evito pensar em mim mesmo ou meu pecado nestes termos fortes. Tenho notado que, em vez de confessar meu pecado, eu me contento em rezar para que eu consiga "fazer melhor." Em vez de ver a minha língua de corte como o pecado exigindo humilde arrependimento eu poderia piamente dizer: "Eu não fiz um bom trabalho no minha discurso esta semana e eu preciso ter uma prioridade mais alta para fazer. "Através da minha linguagem de " tentar ser mais difícil "ou" ser mais disciplinado " eu crio a miragem de ser uma boa pessoa. Tudo o que eu preciso, eu digo a mim mesmo, para cavar mais fundo em meus reservatórios internos de força e bondade. Na realidade, eu preciso de mais dependência em Deus e auto-humilhação e menos determinação auto-suficiente e ignorância a Deus.

"Na confissão, tornamo-nos autenticamente cristão, concordando com Deus sobre o nosso pecado, merecendo julgamento e confiando na sua Graça que perdoa o pecado. Voltamos à realidade da Graça, em Cristo, que por sua vez reivindica a obediência real". Veja também: 1 João 1.8-9; Ps. 32:5, 2 Coríntios 7.10 e Apocalipse 2.5.

3. Necessitados, não auto-suficientes

"Mas ele nos concede graça maior. Por isso diz a Escritura: "Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes" (Tiago 4.6)

Uma vez que nos voltamos para o arrependimento do pecado em vez de melhorar os nossos pontos fracos, torna-se claro que não podemos sair do problema que nos metemos. Não só precisamos de mais disciplina. O problema principal não é que eu não estou dando-lhe tudo o que tenho ou tentando com vigor pouco suficiente. O evangelho nos liberta, permitindo que Deus esteja no comando da minha santificação. Quando eu parar de confiar em mim e nos meus recursos e passar a ter confiança em Deus, eu verei Ele possui o poder que eu precisava o tempo todo.

Deus promete ajuda aos humildes, mas deixa o auto-suficiente para os seus próprios recursos. Minha geração ri quando Stuart Smalley (artista de humor) se levantou, olhando para o espelho e disse: "Eu sou bom o suficiente. Eu sou forte o suficiente. "Infelizmente, não conseguimos ver que esse tipo de pensamento tinha nos evidenciado em como vivemos nossas vidas.

"Este hematomas nos faz estabelecer um preço alto a Cristo. Então o evangelho torna-se o evangelho de fato, em seguida, as folhas de figueira de moralidade nos fará nenhum bom. “ Veja também: Romanos 8.9-11, 13; Filipenses 2.12-13; Efésios 3.16, Gálatas 5.16-17, 25 e Colossenses 2.20-23.

4. TRANSFORMAÇÃO DE CORAÇÃO, NÃO modificação de comportamento

"Porei minhas leis em suas mentes, e gravá-los em seus corações." (Hb 8.10)

A visão bíblica da santificação exige uma verdadeira mudança de coração, a fim de ter os efeitos a longo prazo de refletir Cristo (fruto). Coração transformação leva tempo e trabalho. Por a maioria das pessoas "não ter tempo" e não gostar de trabalho, tentamos encurtar este processo, simplesmente alterando alguns comportamentos. Uma vez que a pessoa não realmente mudou - incluindo suas motivações e desejos - uma solução míope na melhor das hipóteses.

Se os outros são menos ofendidos com minhas palavras, então eu suponho que já corrigi o problema. Apesar da melhor versão de mim do lado de fora, o coração permanece inalterado. Podemos saber isso cognitivamente, mas pensar em como muitas vezes quando alguém compartilha uma luta contra o pecado, a primeira coisa que eles dizem é como trabalhar sobre o comportamento. Estas podem ser estratégias úteis, mas não são soluções. Cuidados com a raiz o e fruto acabará por amadurecer.

"É muito fácil transformar o combate da fé em lista de verificar a santificação. Cuide de alguns maus hábitos, desenvolva um par de bons, e você está pronto. Uma lista moral não leva em consideração os ídolos dos corações. Pode até não ter o Evangelho como parte da equação." Veja também: Mateus 15.19-20; 23.25-28, Lucas 6.43-45 e 2 Coríntios 3.3.

5. Liberdade em Cristo, não escravidão A LEI

"Para a liberdade Cristo nos libertou; Firmes, portanto, e não se submeter novamente a um jugo de escravidão" (Gálatas 5.1)

A promessa do evangelho é que no momento que temos fé a nossa condenação é removida e somos declarados justos, com os resultados de plena aceitação e amor paternal. Corações mudados por causa da Graça é dado uma motivação mais forte do que uma pessoa que se esforça para merecer o favor de Deus por meio de obras. A Graça nos motiva em alegria por causa de uma redenção merecida e agora podemos viver em gratidão e amor por Cristo. Procuramos crescer em santificação, não para receber favor, mas como resultado de se deleitar em tal favor. Isso não elimina o papel da lei por completo, mas muda nossa relação com ela.

A diferença entre santificação centrada no evangelho e suas falsificações com base no desempenho é que os avisos sinceros de obediência geram gratidão e o resto provoca somente o cumprimento externo de culpa. O fruto do Espírito não são o que nós trazemos a Deus para aprovação. Eles são o resultado de andar na liberdade que Cristo traz para nós, livres do poder escravizante da lei.

"Mesmo o cristão que busca sempre obediência pode perder esta transformando vista desse ponto. Eu posso olhar exteriormente muito diligente na fé e ser obediente em boas obras, boas palavras e boas maneiras, mas se por dentro é tudo o resultado de uma insegurança sobre a minha posição perante Deus, o trabalho mais difícil que eu possa reunir será um tanto sem valor. A busca somente pelo desempenho simplesmente leva à exaustão".  Veja também: Romanos 5.1, 8.1, 15-16 e Gálatas 5.14-16.

6. Sob o domínio de Cristo, e não fora dele

"Ele nos libertou formar domínio das trevas e nos transportou para o reino do seu Filho amado." (Colossenses 1.13)

No evangelho, Deus amontoa uma boa notícia em cima de uma boa notícia. Nós não só estamos libertos da escravidão do pecado e de Satanás, mas também estamos redimidos para o reino do Filho. Nós recebemos a orientação, proteção e presença do todo-poderoso rei. Imagine se Deus tivesse libertado Israel em Êxodo - pessoas que tinham sido escravos todas as suas vidas - e, em seguida, deixou-os no deserto. Faltava-lhes sabedoria, entendimento da justiça, e do conhecimento de como viver de forma consistente com o porque eles foram criados. Felizmente, para Israel após o êxodo e para os cristãos, depois de redenção em Cristo, Deus não nos deixará como refugiados, mas faz-nos cidadãos de pleno direito.

Quando eu vejo a santificação através de lentes centradas no Evangelho, vivendo sob o governo e reinado de Jesus, não roubam minha alegria, mas maximizam-na. O conceito bíblico do reino une Evangelho e a lei. A lei de Deus para aqueles que já estão no reino não é um critério para a cidadania. Em vez disso, ela é tanto uma demonstração de seu cuidado e de Graça, uma vez que é a sua autoridade. No reino de Cristo, as suas leis são para não ser odiado, mas para ser amado, e sua regra não é terrível, mas maravilhosa.

"O evangelho do reino é o anúncio de que a vida com Deus, sob o governo de Deus, faz-se imediatamente disponível para nós através de Jesus, nosso Rei. Ele chega como aquele que restaura as regras, e permite o acesso ao reino de Deus ". Veja também: Romanos 6.6-7, 22; 1 Coríntios 6.20,  Exôdo 20.1-2 e Mateus 13.44-45.

7. Em comunidade, e não o isolamento

"E vamos considerar como agitar um ao outro ao amor e às boas obras." (Hebreus 10.24)

Muitas das frustrações e carências na vida cristã ocorre a partir da tentativa de  treinar uma equipe de esporte em nosso próprio país. O garoto jogando basquete sozinho em sua garagem nunca se torna grande sem treinamento instrucional, as forças complementares de seus companheiros de equipe, e a nitidez de habilidades que somente outras pessoas vêem. Quando começamos a pensar que somos fortes o suficiente e bom o suficiente por conta própria acreditamos em mentiras auto-suficientes que se opõem a um Evangelho de necessidade. Se você não estiver em uma comunidade bíblica focada em Jesus e ancorada na autoridade da Palavra, quem vai fazer confrontamento difíceis, quando você escolher o pecado ou partilhar as suas alegrias ,quando Deus é fiel? Quem falará o Evangelho da Graça, quando você acha que já estragou tudo? Quem vai orar com você quando você se sentir sozinho ou abalado em sua fé?

Santificação dentro da comunidade é uma via de mão dupla. Deus nos amadurece como os outros nos amam em palavras e atos , mas também nos fortalece , esticando -nos a partilhar a nossa fé , servir com nossos dons , e entrar em relacionamentos bagunçados, quando a maioria serão assim, é claro. Estar conectado a uma igreja e comprometendo-se a crescer em maturidade ao lado de outros não é uma opção. Santificação centrada no Evangelho só acontece quando você humildemente receber o Evangelho e os dons dos outros crentes que vêem para você, em seguida, obstinadamente comprometer a fazer o mesmo por eles em troca.

"Estamos a ser santificado pela vida, vivendo juntos, estamos honrando a Deus e sendo marcados pelo crescimento e maturação. Bonhoeffer ancora o objetivo da comunidade cristã... ‘Uma comunidade que dá vida é aquela que está sendo continuamente transformada pelo Evangelho como um povo’. Veja também:  Hebreus 10.24-25; 1 Tessalonicenses  5.11, Colossenses 3.16; 1 Coríntios  12.25 e Gálatas 6.1-3.

8. PROGRESSÃO, não a perfeição

"Mas uma coisa eu faço: Esquecendo o que fica para trás e avançando para as que estão adiante" (Filipenses 3.13)

Infelizmente, muitas vezes falamos de uma maneira que promove a mal entendido sobre o que a vida cristã realmente é. Nossa fala pode fazer soar como a vida do cristão deve ser caracterizada por completa vitória sobre o pecado, em vez de contínuo arrependimento do pecado. Martin Luther fornece um bom contrapeso em uma Tese de suas famosas 95 teses: "Quando nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo disse:" Arrependei-vos ", ele pretende que toda a vida dos fiéis fosse penitência ". Nesta vida, permaneceremos sempre simultaneamente pecadores e santos, pessoas que foram justificadas mas que ainda permanecem incomodadas pelo pecado interior.

Os puritanos retrataram esta perseverança ao longo da vida em seu retrato do cristão carregando um peso nas costas, mas com a Palavra em sua mão em sua peregrinação para a cidade celestial. Nós nunca chegaremos a perfeição nesta vida, devemos diariamente trazer nossos pecados diante de Deus e receber a graça fresca de sua mão. Nós não devemos só confessar os nossos pecados, mas nós devemos olhar pela fé em Cristo para encontrar a garantia de nosso perdão e a ajuda a mudar. É por isso que muitas liturgias da igreja incluem a confissão do pecado e da garantia de perdão, modelando o ritmo de nossas próprias vidas. Tão certo como o sol surge depois da noite assim também nós acordamos diariamente na necessidade da Graça que perdoa e graça de perseverar.


"Esta vida, portanto, não é justiça, mas crescimento em justiça, a saúde, mas não cura, não sendo, mas tornando-se, não descansar, mas o exercício. Nós não somos ainda o que havemos de ser, mas estamos crescendo em direção a ela. O processo não está terminado, mas está acontecendo. Este não é o fim, mas é a estrada. Todos os que ainda não brilham em glória, mas tudo está sendo purificado". Veja também: Filipenses 3.12-14, 20-21; 1 Tessalonicenses  5.23  e 1 Pedro 5.10.

Dustin Crowe

Traduzido e Editado por: LARYSSA LOBO


Publicação Original: http://gcdiscipleship.com/8-characteristics-sanctification/