sábado, 4 de janeiro de 2014

Um Chamado às Mulheres Solteiras

“Portanto, uma mulher solteira que vive com aquele dia final em vista e faz de Cristo o seu tudo em tudo aqui, diz algo muito poderoso e bastante claro acerca do seu Salvador.”– John Piper

Esse artigo é para todas vocês mulheres solteiras que já deram uma segunda olhada para o campo missionário. As que ainda não deram, eu peço-lhes que considerem gastar suas vidas proclamando a dignidade de Cristo entre os povos não alcançados, uma vez que temos vivido com os dias finais em vista.

Aqui está a conclusão a que cheguei: Há uma beleza única em nossa solteirice e nós temos primeiramente que entender de que forma esse nosso estado magnifica a Deus. Eu estou certa de que se nós como “um grupo de pessoas” compreendêssemos a razão para nossas vidas de solteiros, nós como um Corpo de crentes seriamos muito mais propensos à ação, ao invés de nos acomodarmos aos confortos do mundo ocidental. Ver essa fase como uma benção ao invés de um “período de espera” nos permite experimentar e magnificar a dignidade de Cristo de um modo único que não será mais possível no casamento. O gênio do John Piper formulou os três pontos seguintes que nos apresentam uma perspectiva de como essa fase tem o poder de mistificar o mundo secular. Contudo, eu realmente oro para que isso fale profundamente aos nossos corações.

1) Uma vida de solteiro que exalta a Cristo carrega o testemunho de que a família de Cristo cresce através da regeneração pela fé e não através da propagação por meio da atividade sexual. A principal coisa que temos a ver é com relação a essa família. Assim, se você nunca se casar e abraçar uma vida de castidade e sem filhos biológicos, e receber isso das mãos do Senhor como um ato de misericórdia e um presente com contentamento, e se juntar ao pobre e aflito, e gastar a si mesma pelo Evangelho, sem autocomiseração; você irá, em uma feminilidade solteira única, magnificar a Cristo de formas que uma mulher casada nunca poderá.

2) Uma vida de solteiro que exalta a Cristo carrega o testemunho de que relacionamentos em Cristo são mais permanentes e mais preciosos do que os relacionamentos em famílias. Se uma mulher solteira se volta sem amarguras ou ressentimentos da ausência de sua própria família e se dedica à criação da família de Deus na igreja, ela encontrará um florescer da sua feminilidade


3) A vida de solteiro de uma mulher que exalta a Cristo carrega o testemunho da verdade de que o casamento é temporário e finalmente dará lugar a um relacionamento que desde o início apontava para Cristo e a Igreja. Dessa forma, não será mais necessário uma figura quando vocês estiverem face a face.

Eu quero ver mais de nós nos unindo ao pobre e aflito. Eles cobrem o mundo. Mas em minha opinião, há uma necessidade ainda maior de nos unirmos aos que estão entre os povos não alcançados – pois eles também são pobres e aflitos sem Deus. O fato de ainda haver povos que não tiveram o Evangelho penetrado em seus corações é a maior tragédia e injustiça social que vejo hoje. Especificamente, eu vejo olhos de touro sobre o Oriente Médio e nós como Igreja precisamos de mulheres ousadas que irão extinguir a si mesmas em palavra, oração e adoração diária a fim de serem flechas preparadas para serem lançadas e atiradas sobre aquele alvo. Nós precisamos estar moldando as nossas ferramentas e nos engajarmos na guerra iminente. Em “The Perseverance of Jesus” (A Perseverança de Jesus), Mike Bickle afirma, “Deus nos faz um flecha com o propósito de nos atirar em Seus momentos estratégicos. Cada pessoa é unicamente moldada por Deus como uma flecha preparada para um alvo específico. Nós temos que abraçar o alvo que Deus criou para nós. Uma flecha tem alvos específicos em diferentes fases da vida de uma pessoa. O tiro da flecha não está limitado à plataforma de um ministério, mas a qualquer designação que Deus nos der.”

O Senhor tem sido estratégico ao usar missionárias solteiras como flechas. Elas tem sido um fator dominante na grande história da missões mundiais, ao modificarem nações. Quando eu olho para o coração de uma mulher eu vejo uma habilidade de se conectar com o coração do Pai Celeste que produz uma compaixão única pelo perdido. Quando Amy Carmichael ouviu Hudson Taylor, fundador da China Inland Mission, falar sobre os não alcançados, ela foi levada a ficar de pé e fazer algo com relação àquelas estatísticas. Aquelas estatísticas não poderiam sustenta-la, contudo. O que sustentou Amy foi o amor do Calvário. Ela disse: “Isso não desperta os nossos corações a ir e ajuda-los, isso não nos faz ansiar por abandonar nossa luxo, nossa excedente abundante luz e ir termos com eles que estão sentados em trevas?” O amor do Calvário não nos desperta a irmos? Isso não deveria nos levar a tomar uma ação? A vida de Amy foi cheia de abandono por Cristo. Ela viveu uma vida de completa entrega ao Senhor por causa da sua revelação do amor do Calvário. Amy escolheu morrer para si mesma quando ela colocou de lado seus desejos pessoais, família e convenções sociais. Ela nunca se casou, pelo contrário, deixou a casa do pai e da mãe a fim de abraçar uma terra de caos como sendo sua. Ela contendeu pelo retorno do Senhor em meio aos não alcançados. Eu acredito que essa perspectiva é chave para nós hoje. Amy esteve na Índia por 55 anos sem licença, o que nos mostra que ela colocou a mão no arado e não voltou atrás. Ela viu o trabalho que estava sendo produzido pelo trabalho no campo muitos anos depois. Labor como o dela não produz resultados instantâneos, mas requer tempo, sangue e suor, e nós deveríamos ir despreocupados se veremos os frutos que produzimos ou não.


Amy abriu mão de sua vida de maternidade para seguir a Cristo em uma terra de trevas e em resposta à sua obediência, o Senhor a abençoou tornando-a mãe de centenas de crianças indianas. Ela foi claramente separada. Ser separado para um trabalho único pelo Senhor requer a graça que somente Ele pode prover. Nó temos que depender dEle diariamente. Que grande aventura eu vejo em uma pessoa abandonar a si mesma pela causa por causa dEle, cujo nome é digno de receber louvor e honra entre os não alcançados.

Todas essas coisas se resumem nisso: Ele é digno? Essa é uma questão com a qual eu e você devemos lutar. Para mim, não há maior alegria do que gastar os meus dias de solteira vivendo ousadamente pelo Senhor entre os não alcançados. Eu estou convencida de que estaria fazendo o mesmo se eu fosse casada e com uma família. Eu tenho entendido, contudo, que há algo único nessa fase em que estou atualmente. I não quero ver nenhum dos meus dias desperdiçados. Eu tenho apenas essa vida e quero falar do meu salvador. Como uma mulher solteira, posso entrar em lugares que outros não podem. Eu sou capaz de ter uma agenda que não é interrompida por outros. Eu sou capaz de ter uma agenda que é planejada pelo Senhor, assim como é mais fácil para mim ter os meus planos “interrompidos” pelo Espírito Santo. Eu escolhi correr essa corrida porque eu tenho sido cativada pelo meu Amado e Ele não está à esquerda ou à direita, mas à frente. É um caminho estreito a seguir. Ele pode ser solitário e desencorajador algumas vezes, mas com o Senhor como nosso sustentador e fundamento da nossa alegria, vejo que vale a pena segui-lo. Ele não é desse mundo e muitos não o entenderão. Esse chamado requer sacrifício, riscos e compromisso, mas Ele é digno de tudo e quando você chega a essa conclusão, você considera uma honra ir e derramar a sua vida entre pelo menos um desses povos. Nós temos uma linda história que nos foi confiada e não podemos ser egoístas em mantê-la apenas para a nossa América do Norte que já tem acesso à ela.

Um missionário trabalhando nas fronteiras do Tibet escreveu essas impressionantes palavras: “Os olhos dos cristãos deveriam se voltar instintivamente para as terras fechadas ao Evangelho nessa era missionária assim como os olhos de um exército conquistador se voltam contra os poucos remanescentes postos avançados do inimigo que resistem aos vencedores e dificultam a completa vitória; sem quais o chefe comandante é impossibilitado de fechar a campanha.”
-Robert Hall Glover

 “Sem reservas. Sem recuar. Sem ressentimentos.” – William Borden (influenciado pelas missões aos muçulmanos na China)

 “Quando o mundo ver milhões de cristãos ‘aposentados’ derramando as últimas gotas de suas vidas com alegria pela causa dos povos não alcançados e com uma visão voltada para o céu, então a supremacia de Deus brilhará.”
-John Piper

“Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos; E clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro. E todos os anjos estavam ao redor do trono, e dos anciãos, e dos quatro animais; e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus, Dizendo: Amém. Louvor, e glória, e sabedoria, e ação de graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus, para todo o sempre. Amém.

Original em: http://www.faimission.org/a-call-to-single-women-to-dig-in-the-middle-east

Texto de  Sarah Racine

Tradução feita por Igor Sabino


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