sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Festa Completa

Estamos no Natal. Há mais de dois mil anos atrás o mundo presenciava um momento singular em sua história, o nascimento de Jesus Cristo. Aquele que veio para salvar a humanidade e restaurar a comunhão dos homens com Deus. E, diferentemente da pompa dos festejos natalinos atuais, em que as luzes e festas adornam as praças, na noite em que o Prometido de Deus veio a Terra, não existiu nenhuma destacada comemoração para marcar esta data.

Uma humilde estrebaria serviu de amparo para Jesus. O Rei prometido por Deus (Mq 5.2) não nasceu em palácio, sequer havia espaço para ele em alguma hospedagem. Sua cama foi um berço improvisado entre animais num curral. Seu ministério seria assim, o Filho do homem não teria lugar para reclinar a cabeça (Mt 8.20), mas de favores pousaria.

Também não foram muitas as visitas recebidas na ocasião de seu nascimento, que só não passou completamente despercebido, devido à presença de pastores e magos, informados do ocorrido por meios especiais revelações (Mt 2.2; Lc 2.10). Esta também seria uma amostra da rejeição e sofrimento que o Filho de Deus haveria de enfrentar, tanto dos que o perseguiriam, quanto de seus discípulos e amigos próximos que o abandonariam ao longo de seu ministério (Jo 6.66; Mt 26.56).

O palco que recebeu o Salvador foi a pequena cidade de Belém, assim como diziam as profecias: “E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”(Miquéias 5. 2). Um povoado da Judéia, discriminado por ser uma região de pouco prestigio. O Cidadão dos céus agora se tornava um filho natural da pequena cidade de Belém.

Assim foi a primeira vinda de Jesus, caracterizada pela humildade (Mc 10.45). Ele esvaziou-se de toda glória, e assumiu a forma de servo. Servo sofredor (Fl 2.7; Is 53.3). Seu propósito era satisfazer plenamente a justiça de seu Pai, reconciliando os quebrantados, e lhes garantindo a sublime herança celeste (CFW cap. VII.V). Obra esta consumada perfeitamente na cruz do calvário.

Sua segunda vinda será um contraste com o evento ocorrido há dois milênios. Se seu nascimento ocorreu de forma discreta e quase imperceptível, sua volta será marcada por um triunfante espetáculo. O Filho do homem, virá cheio de esplendor e glória. E não poucos o verão, como aquele grupo seleto na Judéia, mas todo o olho será testemunha da gloriosa e irradiante vinda do Reis dos Reis e Senhor dos Senhores (Mt 24.27; Ap 19.16).

Celebremos a vinda do EMANUEL, o Deus que veio ter conosco (Is 7.14; Mt 1.23), o Verbo que se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.1). Aquele que desceu do céu e se fez homem, semelhante a nós. Celebremos sua primeira vinda com voz de folguedo e alegria, ao passo que nos lembramos da bendita promessa que Ele fez:  Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus (Ap 22.20). Que neste Natal, cada expressão de gratidão seja acompanhada de súplicas pelo retorno do dono da festa, que cedo irá voltar (At 1.11). Com Ele o nosso regozijo será completo.

Feliz Natal!

Ericon Fabio

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