terça-feira, 10 de setembro de 2013

Independência e Morte!

Êxodo Capítulo 19.

            O dia 7 de setembro tem um grande significado para o povo brasileiro, ele marca o início de uma nova etapa na vida da nação. O país conquistou liberdade para trilhar seus próprios passos, livre para construir seu destino. Neste ano de 2013 as comemorações referentes à independência do Brasil misturaram sentimentos de patriotismo expressos nos desfiles cívicos realizados na maioria das grandes cidades do Brasil com sentimentos de revolta e indignação populares expressos nas diversas manifestações de protestos, também realizados em muitas cidades do País. Estes movimentos de protestos refletem a insatisfação do povo com aqueles que receberam a missão de conduzir o destino da nação.

            O livro de êxodo relata o início de uma nova etapa para a nação de Israel. Este povo que recebera a promessa de ser uma nação livre e viver debaixo da benção de Deus acabara de ser liberta da escravidão do Egito e estava dando início a sua caminhada sobre a face da terra como uma nação livre do julgo de outra nação e chamada para cumprir o propósito divino. Deus escolhe um homem para liderar esta nação rumo ao destino que Deus preparou para ela, este homem é Moisés, e sua liderança consistia em mediar a aliança entre Deus e a nação. Assim como aquela nação, a Igreja do Senhor é o cumprimento das promessas de Deus, os que fazem parte desta grande nação um dia estavam aprisionados pelo pecado e foram libertos para cumprir o propósito de Deus, e o próprio Deus elegeu um homem como cabeça e líder deste povo, este homem é Jesus, e a ele foi entregue a missão de conduzir como mediador a Igreja em uma relação de aliança com Deus.

             Baseado em êxodo 19 gostaria de meditar sobre os privilégios para o povo de Deus em ter Cristo como mediador:

     1. O conteúdo da sua revelação é de caráter celestial: Antes de apresentar ao povo o que estava proposto para a nação, Moisés dialogava diretamente com Deus, desta forma através da mediação de Moisés eles tinham o privilégio de tomar conhecimento dos planos de Deus da libertação do Egito até a posse da terra prometida. A comunhão de Moisés com Deus também proporcionou ao povo o recebimento de leis que revelavam atributos do caráter de Deus, entre eles o amor, a justiça, o perdão, a misericórdia e a fidelidade com o propósito de conduzir a nação a desfrutar destes valores celestiais na sua peregrinação diária rumo à terra prometida. O autor da carta aos Hebreus apresenta Jesus como mediador superior a Moisés, pois como filho de Deus, Jesus desfrutava de uma comunhão perfeita com o pai. O mesmo autor da carta aos hebreus relata que Jesus é a expressão exata do ser de Deus, revelando o caminho pavimentado por Deus, a ser seguido pela sua Igreja durante sua caminhada pela face da terra com destino ao lar celestial.

      2. Caminhar com a nação: O amor de Deus por Moisés não o impediu de entregá-lo para caminhar ao lado de um povo que continuamente reclamava, e alguma vez rebelava-se contra Moisés para mostrar sua insatisfação com Deus. A presença de Moisés como mediador no meio do povo era operosa, orientando-os na direção que deveriam seguir, alimentava e saciava a sede do povo, julgava sobre toda a nação, disciplinando-os com firmeza, preparava o povo para a batalha, intercedia pelo povo, clamando a Deus por misericórdia, encorajava o povo a caminhar rumo à terra prometida. O livro de apocalipse relata a presença de Jesus como mediador no centro da Igreja, Ele é o Senhor da Igreja e age de forma operosa nela e por meio dela, preservando-a dos ataques de satanás, fortalecendo-a em meio às adversidades, intercede junto ao pai por ela, conduzindo-a em santidade em sua caminhada triunfante rumo a Jerusalém celestial.


      3.    Reconcilia o homem com Deus: Como mediador Moisés recebeu a missão de libertar o povo do Egito, conduzir o povo pelo deserto e por fim introduzi-los na terra prometida. Para cumprir estes objetivos abriu mão da convivência dos palácios egípcios, suportou o fardo de caminhar ao lado de um povo rebelde. No cumprimento do último propósito sua morte foi significativa, visto que ela marcou a entrada da nação na terra que Deus preparou para eles. Para resgatar o seu povo do domínio do pecado, o filho de Deus como mediador, se esvaziou, abrindo mão de sua glória, tornando-se homem, habitou entre nós, manifestou o Reino de Deus na terra e por causa disto foi perseguido, caluniado e ultrajado. Ao morrer na cruz cumpriu eficazmente sua missão como mediador reconciliando o seu povo com Deus.

Conclusão: Cristo ocupa o centro na trajetória do povo de Deus. O plano de Deus foi feito por causa Dele, o cumprimento das promessas de Deus para o seu povo baseava-se em seus méritos e pôr fim a história do povo de Deus é o resultado da missão que Ele exerceu como mediador entre Deus e o homem. Deste modo se como nação celebramos a independência no 7 de Setembro, marcada pela frase notória de D. Pedro I, independência ou morte, e assim também como o povo de Israel celebrava a libertação do Egito, que possamos de forma muito mais profunda e constante festejar com o coração cheio de gratidão a nossa maior libertação, a do pecado, da morte e da condenação. Em Cristo temos a independência e morte. Através do sacrifício do perfeito mediador recebemos a carta de alforria que nos livra do cárcere do pecado, e hoje somos escravos de Cristo, vivendo para a glória de nosso Senhor.

Solus Christus!
Soli Deo Gloria!


Amauri Ribeiro

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