sexta-feira, 14 de junho de 2013

Relações Perigosas

Em busca da tão sonhada felicidade, muitos cristãos tem se envolvido em relacionamentos com não-crentes. De forma inconsequente  tem se aventurado em tais relações, pondo a sua vida espiritual e emocional sob risco. E são muitas as justificativas utilizadas: “Ele(a) é um(a) pessoa sincera"; "Não é crente, mas me ama de verdade”; “Eu creio que ele(a) irá se converter.”; “Não achei ninguém na igreja, para casar, então tive que ir à procura.”; “Eu me apaixonei sem querer, não mando em meu coração”.

Seja qual destas forem utilizadas, elas só servirão para amenizar a própria consciência da pessoa, que já está totalmente decidida a embarcar nesta aventura sentimental. Uma tragédia anunciada.

Embora a Bíblia não trate diretamente sobre a questão do namoro, já que este tipo de relacionamento não existia naquela época, podemos aprender com os princípios sobre o casamento, contido nas Escrituras.

No Antigo Testamento, o patriarca Abraão, demonstrou preocupação com a escolha da mulher com quem o seu filho Isaque iria casar-se. Sua inquietude fica evidente quando ele comissiona um dos seus servos a ir junto à sua parentela em busca de uma esposa (Rebeca) para o herdeiro da promessa (Gn 24).

No Livro de Deuteronômio, Moisés fez uma advertência solene ao povo de Israel:

Quando o SENHOR, teu Deus, te introduzir na terra a qual passas a possuir, e tiver lançado muitas nações de diante de ti, [...] não farás com elas aliança, nem terás piedade delas; nem contrairás matrimônio com os filhos dessas nações; não darás tuas filhas a seus filhos, nem tomarás suas filhas para teus filhos; pois elas fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do SENHOR se acenderia contra vós outros e depressa vos destruiria. (Dt 7.1-4)

No Novo Testamento o apóstolo Paulo admoesta os crentes sobre o jugo desigual:

Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? (2 Co 6.14)

Poderíamos pontuar outros textos, contudo entendo que estes já são bastante esclarecedores, mostrando o posicionamento bíblico, quanto à união do povo de Deus com os que são notoriamente ímpios.

Mesmo com todas estas advertências, muitos cristãos continuam insistindo com essa ideia.  Custando a entender que os filhos de Deus não comungam com os valores deste mundo. Qualquer tipo de união com incrédulos, incluindo o namoro, compromete a integridade espiritual dos filhos de Deus.  E sempre que há esta aproximação indevida entre luz e trevas, a Igreja sofre e os crentes padecem.

Creio que estas perguntas possam ajudar-nos a compreender melhor sobre o perigo dessas relações:

VOCÊ CONTROLA O SEU CORAÇÃO?

Existe o mito que afirma ser impossível dominar o coração humano. Geralmente é depositado sobre ele toda a culpa por envolvimentos proibidos. Não há culpados, mas somente vítimas de suas artimanhas. Como um ser indomável e livre ele se apaixona por quem quer, e geralmente, por quem não deve.

Realmente o coração é traiçoeiro e enganoso. Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? (Jr 17.9). Mas não irreprimível, pelo menos para nós cristãos, que somos a morada do Espírito e produzimos o fruto do Domínio próprio. Portanto, você tem condições de resistir aos seus intentos, se for vigilante em todo o tempo. Controlar o coração requer um exercício de abnegação diário.

Sujeite suas emoções ao senhorio de Cristo. A melhor coisa a fazer é trancar a porta do quarto de suas emoções e entregar as chaves nas mãos do seu Senhor, para que nele não entre nenhum intruso.

VOCÊ É PACIENTE?

Por trás de todo relacionamento misto, existe um coração que não conseguiu esperar as coisas acontecerem da maneira certa. Alguns até aguardaram por um rapaz (ou moça) do meio evangélico, por um pouco de tempo, ou por anos. Sua preferência realmente era por namorar alguém da Igreja, mas não apareceu.

Por mais compreensível que seja esta atitude, imagine só se em todas as ocasiões em que as coisas estivessem difíceis de serem concretizadas, nós resolvêssemos dá um basta, e fôssemos fazer as coisas da nossa própria maneira, em busca de uma solução mais rápida? Certamente a situação não iria melhorar.

Ainda que o tempo passe e o cansaço bata na sua porta. Descanse a sua alma em Deus. Não olhe para o relógio, olhe para o alto, é de lá que vem o nosso auxílio. Sujeite-se à vontade do Senhor e creia que nada foge ao Seu controle. Ele renovará as suas forças.

Ele fortalece o cansado e dá grande vigor ao que está sem forças. Até os jovens se cansam e ficam exaustos, e os moços tropeçam e caem; mas aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças. Voam alto como águias; correm e não ficam exaustos, andam e não se cansam. (Is 40.29-31)


VOCÊ QUER SER FELIZ?

Quando alguém resolve iniciar uma relação amorosa com outra pessoa, ela esta em busca de um objetivo. Alcançar a felicidade. O amor entre um homem e uma mulher é algo totalmente normal e o desejo de ter um relacionamento bem sucedido é lícito. Mas será que este é o único motivo de felicidade de um crente?

Existem servos de Deus vivendo frustrados por não terem encontrado a pessoa ideal. E, por isso afirmam: “Eu não sou feliz!”. Então resolvem namorar um não-crente, jogando tudo para o alto. Decepcionados, logo percebem que não encontraram a felicidade tão almejada.

Sabe por que não encontraram? Porque ainda não aprenderam que a verdadeira felicidade para um crente independe do sucesso ou fracasso na vida amorosa. Seu contentamento deve estar em fazer à vontade de Deus, cumprindo os seus mandamentos dia após dia, e vivendo para a Sua glória. Portanto, o justo não deseja ser feliz. Ele já possui a felicidade plena, vinda dos céus.

Como são felizes os que andam em caminhos irrepreensíveis, que vivem conforme a lei do Senhor! (Sl 119:1)

Como são felizes os que obedecem aos seus estatutos e de todo o coração o buscam!
(Sl 119:2)

Por fim, é importante ressaltar que não estamos levando em conta questões relacionadas ao caráter ou a conduta de uma pessoa incrédula, visto que entre os filhos do mundo pode haver pessoas honestas, fiéis e sinceras, mesmo estando num estado de morte espiritual. Mas alertar sobre o compromisso que o cristão deve ter em sujeitar-se aos Ensinamentos Bíblicos. Entendendo que a sua observância redundará em bênçãos (Dt 8), inclusive no seu namoro e casamento.

Em Cristo,

Miss. Ericon Fabio

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