quinta-feira, 20 de junho de 2013

Existe Moeda de Troca para a Salvação?

Assim como muitas denominações ditas evangélicas pregam a troca de valores monetários pela moradia eterna no céu, muitas também apregoam que é possível trocar a salvação por boas obras realizadas na Terra. Sendo assim, seu eu for bom com as pessoas, logo Deus se compadecerá de mim e me dará a salvação – assim funciona o raciocínio dessas denominações.

            Entretanto, não há fundamento bíblico nisso. A salvação não é moeda de troca, assim como Deus não é um bancário que computa nossas boas ações para que resgatemos o nosso bilhete premiado rumo ao paraíso. Essa imagem até parece infantil.

            Na verdade, o que fica explícito na Bíblia é que a salvação foi um preço pago pelo sangue de Cristo. O homem não pode, por seus atos, comprá-la. Apenas a fé no ato de entrega de Jesus é a chave que nos leva à comunhão com Deus, assim como lemos em Efésios 2:08: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus”.

            Entretanto, aquele que possui em si a fé, dada pelo Espírito Santo, e que realmente compreendeu a mensagem da cruz, não é mais dominado pelo velho homem. Ele é renascido do Espírito e isso faz com que seus atos também mudem, pois como afirma Jesus em João 13: 34: “Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros". 

            A característica principal para ser um discípulo de Jesus é o amor. Aonde o espírito Santo habita, há amor, há doação, há benevolência. Sendo assim, as boas ações não são condições para uma comunhão com Deus, mas são consequências dela.

            Nisto está a chave para compreender o que afirma Tiago no capítulo 2: 17:Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma”. Nesse sentido, reforça-se a ideia de que a fé precede as obras e a fé que não frutifica na mudança de comportamento, não é uma fé genuína. É uma fé morta.

            O comportamento cristão, ou seja, os seus frutos, as suas atitudes decorrentes da fé e do temor a Deus é tão relevante que é a partir dele que Jesus nos orienta a reconhecer os seus profetas: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus”. (Mateus 7:15-17)

            A fé genuína nos tira da cegueira, nos coloca em comunhão com Deus e nos permite receber a graça da salvação, levando-nos a agir de acordo com a vontade do Pai.  Essa é a ordem dos fatos. Acreditar na ordem inversa é acreditar que o homem pode salvar-se a si próprio e é isso que muita gente vem apregoando em algumas Igrejas. Estejamos atentos aos falsos profetas!

Andrea Grace

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